As ações socioambientais tornaram-se um elemento-chave para as empresas que desejam se tornar mais competitivas no mercado. O conceito ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), por exemplo, ganha cada vez mais importância dentro das organizações, orientando investimentos e novas oportunidades de negócios.
Com esse conceito, a estratégia de negócios passa a ser baseada na otimização de processos para maximizar resultados. De acordo com a Bloomberg Intelligence, os ativos ESG no mundo podem ultrapassar US$ 50 trilhões até 2025.
Isso porque a implementação da cultura ESG abre caminho para que uma empresa ganhe a confiança dos investidores, fidelize clientes, reduza os custos operacionais e melhore tanto a gestão de ativos quanto o desempenho financeiro. Por isso, agora, mais do que nunca, o sucesso e o crescimento de um negócio estão diretamente ligados a uma sólida estratégia ESG.
Contudo, em que pese os benefícios duradouros e mensuráveis para as empresas, a criação de valor ESG não é um processo transacional direto – como fazer uma venda, por exemplo. Mas existem cinco maneiras principais de impulsionar essa iniciativa para definir o tom para 2023 e além. Abordaremos essas possibilidades neste artigo.
- Descarbonização
Nos últimos anos, por exemplo, as emissões de CO2 provenientes da combustão de energia e dos processos industriais têm aumentado significativamente. Segundo a Global Carbon Project, cerca de 40,6 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono foram lançadas na atmosfera em 2022.
Diante dessa realidade, a expressão do momento (e dos próximos anos, provavelmente) é Net-zero. Significa zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa.
Investidores, especialistas do setor, governos e ONG’s, consumidores e o público em geral estão de olho nessa meta. Não é mais uma questão de saber se as empresas devem almejar esse compromisso; a verdadeira questão é como fazê-lo de forma eficaz e precisa, porque a recusa em agir pode resultar em penalidades, multas e danos à reputação.
Embora a tarefa à frente seja enorme, as consequências potenciais da inação são ainda maiores. Deixar de combater as mudanças climáticas pode, até 2030, representar uma perda de mais de 3% do PIB global. Em 2100, esse número pode crescer para US$ 69 trilhões, e 5% do valor de mercado das ações globais – o equivalente a US$ 2,3 trilhões.
- Diversidade e Inclusão
Boas estratégias ESG’s devem abranger diversas comunidades e as vozes dentro delas. Uma força de trabalho com diversidade racial, de gênero, orientação sexual, assim como diversidade geracional e profissionais com deficiência tem mais chances de entender as dinâmicas do mundo. Sim, porque elas poderão apontar as necessidades sociais, de pessoas de diferentes perfis, que podem ser supridas pelo negócio.
E mais: há evidências de que empresas diversas são mais produtivas ao fazer mudanças e solucionar desafios existentes.
A pesquisa da Catalyst mostra que empresas adeptas à diversidade e inclusão são mais propensas a relatar um aumento de 59% na criatividade e na abertura e um aumento de 39% na conscientização das necessidades e interesses do consumidor.
Organizações com uma cultura inclusiva são mais propensas a defender trabalho flexível, oportunidades iguais, salários justos e apoiar as comunidades locais. Ser sensível às necessidades dos funcionários se traduz em melhor tomada de decisões, menor rotatividade de funcionários e maior satisfação dos funcionários. Os funcionários se sentem confiantes para expressar suas ideias, promovendo uma cultura empresarial colaborativa e inovadora.
- Políticas de Compliance, Transparência e Anticorrupção
Implementar uma agenda ESG não deve ser como um véu que as empresas usam para fins de aparência – escondendo a verdadeira identidade. Isso remonta à importância de alcançar uma forte cultura no local de trabalho.
Nesse sentido, criar políticas de compliance, transparência e anticorrupção é algo que envolve acionistas, diretores, administradores, funcionários e todos os terceiros envolvidos.
O sistema estabelece compromissos em ética empresarial, combate à lavagem de dinheiro, combate a financiamentos ilícitos, estabelecendo padrões de conduta e controles que expressamente proíbem atos que possam afetar os trâmites empresariais.
- Valorização dos funcionários
A meta-análise conduzida pela Gallup, envolvendo 1,4 milhão de funcionários de quase 200 empresas em 34 países, revelou que existe uma forte correlação entre o envolvimento dos funcionários e o sucesso dos negócios, mesmo em momentos econômicos difíceis. Isso porque o emprego exerce um impacto social profundo na sociedade, haja vista que ele reflete o poder de compra da população.
Numa outra pesquisa, também feita pela Gallup, demonstrou que as organizações cujos funcionários se sentem engajados no trabalho obtêm maior lucratividade, menores taxas de rotatividade, redução do absenteísmo e maior satisfação do cliente. Semelhante foi a conclusão do estudo promovido pela multinacional de consultoria PwC, que verificou que quando se investe no funcionário, as empresas tendem a economizar cerca de 12,6% de sua receita.
- Viabilizar a gestão de resíduos
É difícil subestimar o impacto que os resíduos têm no meio ambiente. Quando se trata de ações significativas para planos ESG’s, uma abordagem ponderada para a gestão de resíduos é algo extremamente impacto significativo.
As empresas devem considerar os resíduos não como um fardo a ser descartado, mas como um recurso valioso que pode trazer benefícios significativos para as empresas quando gerenciado adequadamente. Fazer a coisa certa não é mais apenas uma decisão moral: é uma decisão de negócios.
Tanto é que, de acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, 28% dos consumidores afirmam ter deixado de comprar determinadas marcas ou produtos porque tinham uma preocupação ética ou sustentável com eles.
Uma estratégia holística significa considerar todos os aspectos da produção de resíduos, permitindo que uma empresa apoie suas metas ESG’s com ações reais e transformadoras.
A integração dos padrões ESG provou beneficiar as empresas, incluindo práticas de negócios mais sustentáveis, melhores estratégias de gerenciamento de risco, maior retorno sobre os investimentos e melhor reputação corporativa com as partes interessadas e funcionários.
Por isso, a Pact apoia as empresas a implementarem estratégias ESG, para que tenham insights mensuráveis, planos mais assertivos e resultados satisfatórios. Todos saem ganhando com essas iniciativas.
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