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Como aplicamos Legal Analytics para reduzir demandas judiciais de grandes empresas

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Racionalizar as disputas é uma necessidade. Afinal, elas atrapalham os negócios, desviam o tempo e o esforço dos colaboradores de suas tarefas principais, e inevitavelmente impactam as finanças corporativas. As horas gastas em uma disputa podem ser transformadas em atividades geradoras de lucro e impacto positivo se realizadas com planejamento e estratégia.

 

Há conflitos corporativos que não encontram solução extrajudicial, muitas vezes nutridos por atritos no relacionamento entre a organização e seus stakeholders. Assim, uma grande proporção de disputas termina nos tribunais, ficando à mercê de uma decisão judicial. A estratégia de abordagem dessas disputas, especialmente quando judicializadas, é determinante para o desfecho desses passivos judiciais.

 

Neste texto, nós vamos te mostrar como é possível reduzir demandas judiciais por meio do legal analytics com olhar estratégico e impacto direto nos aspectos ESG das companhias.

 

Garimpando ouro – o que é legal analytics

 

No campo jurídico, o conceito data-driven encontra sua principal ferramenta no legal analytics, que viabiliza a obtenção de insights por meio da compilação de informações para a formulação de estratégias mais efetivas e que gerem melhores resultados.

 

Assim, em síntese, legal analytics é uma ferramenta capaz de transformar dados brutos em informações úteis, contribuindo para que gestores jurídicos e advogados corporativos desenvolvam um plano de ação adequado para seus objetivos e com indicadores estruturados.

 

Esses dados brutos são compostos por documentos, decisões judiciais, o perfil do autor da ação, o tempo médio de duração dos processos, leis e informações sobre gerenciamento interno. A partir da “mineração” desses dados e aplicação de jurimetria, tem-se uma visão ampla de tendências e padrões, capaz de guiar ações de forma muito mais assertiva.

 

Um caso real: atuação Pact em empresa de grande porte

 

Nós, da Pact, reunimos tecnologia em legal analytics e um time de olhar estratégico para interpretar dados e gerar insights que foram capazes de mudar totalmente o cenário de passivos em uma empresa de grande porte do setor de serviços ambientais.

 

Nesse case, levantamos as principais causas-raiz dos litígios, bem como os fundamentos da condenação. Por trás desse processo, havia um objetivo: transformar dados em insights para compreender as dores da empresa, elaborando, por conseguinte, um plano de ação adequado e indicadores de controle.

 

Os resultados foram obtidos ao longo de 8 meses, unindo os esforços de solução preventiva ao plano de negociação de processos em fase de execução. Os números falam por si:

O que o Legal Analytics entrega

Esses resultados foram alcançados com olhar empírico sobre as evidências processuais. Com legal analytics e um time especialista é possível antever tendências por parte de juízes, advogados, tribunais e partes envolvidas na disputa, fornecendo um certo grau de previsibilidade das decisões judiciais e diversos insights de intervenção sobre esses padrões.

 

Mais do que isso, permite saber qual percentual de procedência em um determinado tipo de processo; a probabilidade de reversão de uma decisão em instâncias superiores; a causa-raiz da maior parte dos litígios; o tempo de duração das ações; os casos que demandam mais atenção e outros fatores estatísticos.

 

A partir dessas informações, pode-se traçar um plano de ação baseado na análise e interpretação dos dados, trazendo significativo resultado financeiro e mitigação dos impactos adversos aos stakeholders. Isso porque fica mais fácil visualizar os riscos de prosseguir com o processo e, consequentemente, o impacto no caixa da empresa na hipótese de condenação, caso em que seria melhor propor um acordo.

 

O uso de legal analytics no meio corporativo vai além da área do litígio judicial. É possível usar essa ferramenta para prevenir disputas antes da judicialização. Nesse sentido, a análise dos dados pode identificar tendências de litígios no estágio inicial com base em lições aprendidas, de forma que seja possível prevenir ou mitigar riscos.

 

Visto isoladamente, um processo trabalhista ou cível é só mais uma ação judicial. Porém, o uso da análise de dados ajuda a revelar padrões comportamentais que demonstram uma determinada tendência por parte dos colaboradores e outros stakeholders.

 

Por exemplo: o Tribunal Superior do Trabalho (TST) divulga todos os anos um ranking com as ações trabalhistas mais recorrentes. De acordo com o relatório, o assunto mais comum nas ações trabalhistas em 2021 foi o de horas extras, com 40.149 casos. Logo em seguida, estão as causas relacionadas a reversão de dispensa por justa causa, adicionais de insalubridade e periculosidade, vínculo empregatício etc.

 

Empresas que buscam prevenir conflitos podem usar esse tipo de dados da própria base de casos para, em conjunto com especialistas, evitar que as causas acima mencionadas ocorram no decurso da relação com esses stakeholders ou que sejam tratadas adequadamente quando ocorrerem.

 

Na conjunção dos insights estatísticos do analytics da companhia e da estruturação de mecanismos de solução de disputas (judicializadas ou não), é possível reverter o cenário de litigância corporativa.  Cria-se, então, um cenário ganha-ganha com: maximização das finanças do negócio e mitigação dos impactos na cadeia de valor em prol dos pilares do ESG.

 

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